Autocrítica como enfrentamento à colonialidade das abordagens comunicacionais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i150.4702Palabras clave:
comunicação, epistemologia, decolonialidade, livros de teorias da comunicaçãoResumen
Revisamos criticamente a colonialidade das abordagens comunicacionais brasileiras com base nos cinco livros de Teorias da Comunicação mais citados no Brasil. Essa autocrítica localiza a hybris do ponto zero de tais narrativas, que delimita apenas um depois da modernidade, com o surgimento de fenômenos massivos somados aos avanços técnicos das mídias e à especialização profissional das habilitações de Comunicação. Investigamos como o paradigma dominante colonial moderno se manifesta discursivamente nos livros. Predominam abordagens estadunidenses e europeias, formuladas por homens brancos, que configuram um cânone tradicionalmente perpetuado no ensino de Comunicação no Brasil. Isso reforça e evidencia a relação mútua entre colonialidade do poder, do saber e do gênero, incidindo sobre e formatando uma geopolítica do conhecimento.Referencias
Ballestrin, L. (2013). América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira De Ciência Política, (11), 89-117.
Carey, J. (2009). Communication as Culture: Essays on Media and Society. New York: Routledge.
Carvalho, J. J. (2018). Encontro de Saberes e Descolonização: para uma refundição étnica, racial e epistêmica das universidades brasileiras. In Bernardino-Costa, J., Maldonado-Torres, N. & Grosfoguel, R. Decolonialidade e Pensamento Afrodiaspórico (pp. 79-106). Belo Horizonte: Autêntica.
Castro-Gómez, S. (2007). Decolonizar la universidad. La hybris del punto cero y el diálogo de saberes. In Castro-Gómez, S. & Grosfoguel, R. (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 79-91). Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.
Craig, R. T. (2007). Cultural bias in communication theory. Communication Monographs, 74(2), 256-258.
Escosteguy, A. C. (2001). Os estudos culturais. In Hohlfeldt, A., Martino, L. C. & França, V. V. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências (pp. 151-170). Petrópolis, RJ: Vozes.
Ferrara, L. D’Alessio. (2003). Epistemologia da Comunicação: além do sujeito e aquém do objeto. In Lopes, M. I. Vassallo de. (Ed.). Epistemologia da Comunicação (pp. 55-67). São Paulo: Edições Loyola.
França, V. V. (2001). O objeto da comunicação/A comunicação como objeto. In Hohlfeldt, A., Martino, L. C. & França, V. V. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências (pp. 39-60). Petrópolis, RJ: Vozes.
França, V. & Simões, P. (2016). Curso básico de Teorias da Comunicação. Belo Horizonte: Autêntica.
Foucault, M. (1996). A ordem do discurso. São Paulo: Loyola.
Hohlfeldt, A., Martino, L. C. & França, V. V. (2001). Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, RJ: Vozes.
Lopes, M. I. Vassallo de. (Ed.). Epistemologia da Comunicação. São Paulo: Edições Loyola.
Lozano, A. C. & VICENTE, M. M. (2010). La enseñanza universitaria de las Teorías de la Comunicación en Europa y América Latina. Revista Latina de Comunicación Social, (65), 255-265.
Lugones, M. (2008). Colonialidad y Género. Tabula Rasa, (9), 73-102.
Martín-Barbero, J. (1992). Pensar la sociedad desde la comunicaciónun lugar estratégico para el debate a la modernidad. Diálogos de la comunicación, (32), 1-8.
Martino, L. C. (2001). De qual comunicação estamos falando? In Hohlfeldt, A., Martino, L. C. & França, V. V. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências (pp. 11-25). Petrópolis, RJ: Vozes.
Martino, L. C. (2003). As epistemologias contemporâneas e o lugar da Comunicação. In Lopes, M. I. Vassallo de. (Ed.). Epistemologia da Comunicação (pp. 69-101). São Paulo: Edições Loyola.
Martino, L. M. S. (2013). O diálogo Norte-Sul em teoria da comunicação: hegemonias, apropriações e resistências nas pesquisas anglo-saxônicas e latino-americanas. Comunicação & Sociedade, 36(1), 107-132.
Martino, L. M. S. (2014). A disciplinarização da Epistemologia no ensino da(s) Teoria(s) da Comunicação. Intexto, (29), 1-17.
Martino, L. M. S. (2017). Teoria da comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis, RJ: Vozes.
Mignolo, W. (2000). Diferencia Colonial y Razón Post-Occidental. In Castro-Gómez, E. (Ed). La reestructuración de las ciencias sociales en América Latina (pp. 3-28). Bogotá: Instituto Pensar.
Navarro, R. F. (1999). La investigación de la comunicación en América Latina: condiciones y perspectivas para el siglo XXI. Comunicación y Sociedad, (36), 105-132.
Navarro, R. F. (2003). La producción de sentido sobre la producción social de sentido: hacia la construcción de un marco epistemológico para los estudios de la comunicación. In Lopes, M. I. Vassallo de. (Ed.). Epistemologia da Comunicação (pp. 15-40). São Paulo: Edições Loyola.
Peters, J. D. (2008). Communication: History of the Idea. In Donsbach, W. (Ed.) The International Encyclopedia of Communication (pp. 689-693). Oxford: Blackwell Publishing.
Quijano, A. (1992). Colonialidad y modernidad/racionalidad. Revista del Instituto Indigenista Peruano, 13(29), 11-20.
Quiroz, K. O. (2016). Desde la teoría crítica hacia el pensamiento decolonial. Un aporte a la comunicología actual. Anais do XIII Congresso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación. México.
Rüdiger, F. (2001). A Escola de Frankfurt. In Hohlfeldt, A., Martino, L. C. & França, V. V. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências (pp. 131-150). Petrópolis, RJ: Vozes.
Sodré, M. (2002). Antropológica do Espelho. Petrópolis, RJ: Vozes.
Sodré, M. (2014). A Ciência do comum: notas para o método comunicacional. Petrópolis, RJ: Vozes.
Varão, R. (2010). Notas sobre o mito dos quatro fundadores do campo comunicacional: coisas que ninguém nunca viu antes e pensamentos que ninguém teve. Líbero, 13(25), 77-86.
Villanueva, E. T. (2019). Para uma Comunicação ex-cêntrica. MATRIZes, 13(3), 89-107.
Villanueva, E. T. (2020). Des-occidentalizar la Comunicación. In Paulino, F. O., Kaplún, G., Mariño, M. V. & Custódio, L. (Eds.). Tradiciones de Investigación en Diálogo – Estudios sobre Comunicación en América Latina y Europa (pp. 265-281). Ramada, Portugal: Media XXI - Publicación, investigación y consultoría.
Walsh, C. (2007). Interculturalidad y colonialidad del poder. Un pensamiento y posicionamiento “otro” desde la diferencia colonial. In Castro-Gómez, S. & Grosfoguel, L. R. (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 47-62). Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
- Los autores/as conservarán plenos derechos de autor sobre su obra y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia Reconocimiento-SinObraDerivada de Creative Commons (CC BY-ND), que permite a terceros la redistribución, comercial y no comercial, siempre y cuando la obra no se modifique y se transmita en su totalidad, reconociendo su autoría.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet.