Construção de confiança em apps colaborativos e desafios para o jornalismo: estudo sobre o OTT

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v1i154.4909

Palabras clave:

Jornalismo, Confiança jornalística, Participação, OTT, Não-jornalistas

Resumen

O surgimento de experiências de produção colaborativa de informações geradas por não-jornalistas é um fenômeno crescente e que traz desafios ao jornalismo convencional. No Brasil, uma dessas experiências é o Onde Tem Tiroteio, fanpage criada em 2016 e, posteriormente, transformada em app. Analisado sob o prisma metodológico da etnografia virtual, o OTT constitui-se como uma iniciativa que, a partir da produção descentralizada, checagem coletiva das informações e relações de proximidade entre os fatos e quem os reporta, chama a atenção para a construção de confiança e credibilidade em meios colaborativos abertos. A profusão de ferramentas como o OTT alerta para a imprescindibilidade de o jornalismo tradicional adotar um olhar autocrítico a fim de reestabelecer laços de confiança com a sociedade.

Referencias

Aguiar, L. & Rodrigues, C. (2021). Expertise no jornalismo: considerações sobre a autoridade professional no context da desinformação impulsionada pelos algoritmos. Chasqui. Revista Latinoamericana de Comunicación 147, 243-240, 2021. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8093851

Alsina, M. (2009). A construção da notícia. Petrópolis: Vozes, 2009.

Amaral, A. (2010). Etnografia e pesquisa em cibercultura: limites e insuficiências metodológicas. Revista USP, v. 86, p. 122-135. https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/13818

Ana, L & Mattedi-Furb, M. A. (2019). O território como tecnologia de mediação social: a customização territorial dos aplicativos móveis. Anais XVIII ENANPUR. Publicado em maio. http://anpur.org.br/xviiienanpur/anais-sts/

Belochio, V. (2009). Jornalismo digital e colaboração: sinais da desrreterritorialização. Estudos em Jornalismo e Mídia, ano VI, n 2. https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/download/1984-6924.2009v6n2p203/11287

Braga, A. (2006). Técnica etnográfica aplicada à comunicação online: uma discussão metodológica. UNIrevista, 1(3), 1-11.

Bowman, S. & Willis, C. (2003). Nosotros, el medio. The Media Center at the American Press Institute.

Bruns, A. (2008). Blogs, Wikipedia, Second Life, and Beyond: From Production to Produsage. New York: Peter Lang Ed.

Castells, M. (2007). Communication, power and counter-power in the network society. International journal of communication, 1(1), 29. https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/46

Chagas Reis, A. (2019). A "Ralé do Telejornalismo”. Compolítica, 9(2), 113-140. https://doi.org/https://doi.org/10.21878/compolitica.2019.9.2.206

Christofoletti, R. (2014). Preocupações éticas no jornalismo feito por não-jornalistas. Revista Comunicação e Sociedade, vol. 25, pp. 267-277. https://revistacomsoc.pt/article/view/883

Douglas, T. (2006). How 7/7 ‘democrasited’ the media. BBC. 2006. http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/5142702.stm

Figaro, R. & Marques, A. F. (2020). A comunicação como trabalho no capitalismo de plataforma: o caso das mudanças no jornalismo. Revista Contracampo, 39(1), 2020. https://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/38566

Gillmor, D. (2004). We the Media: Grassroots Journalism By the People, For the People. Sebastopol: O’Reilly Media.

Hine, C. (2000). Virtual ethnography. Londres: SAGE Publications, 2000.

_____________. (2005). Research relationships and online relationships: Introduction. Virtual methods: Issues in social research on the internet, 17-20.

Kischinhevsky, M. (2009). Convergência nas redações: mapeando os impactos do novo cenário midiático sobre o fazer jornalístico. Jornalismo online: modos de fazer. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Editora Sulina, 2009, 57-74.

Kovack, B. & Rosenstiel, T. (2004). Os Elementos do Jornalismo. 2 Ed. São Paulo: Geração Editorial, 2004.

Laor, T. & Galily, Y. (2022). In WAZE we trust? GPS-based navigation application users behavior and patterns of dependency. PLoS ONE 17(11):e0276449. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9648768/

Mitsuishi, Y. (2007). Entre graphos e ethos: uma abordagem crítica a etnografia virtual. In: Ribeiro,José; Bairon, Sérgio. (Org.). Antropologia Visual e Hipermídia. Lisboa: Edições Afrontamento.

Moretzsohn, S. (2014). O “jornalismo cidadão” e o mito da tecnologia redentora. Brazilian journalism research, 10(2), 248-271. https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/751

Nunes, P. (2017). Crime e polícia no #RiodeJaneiro: relatos em páginas do Facebook. Boletim Segurança e Cidadania, nº 24, out. 2017. https://cesecseguranca.com.br/boletim/crime-e-policia-no-riodejaneiro-relatos-em-paginas-do-facebook/.

Quandt, T. (2018). Dark participation. Media and communication, 6(4), 36-48, 2018. https://www.cogitatiopress.com/mediaandcommunication/article/view/1519

Ramonet, I. (2012). A Explosão Do Jornalismo? Das Mídias De Massa à Massa de Mídias. Publisher Brasil; 1ª edição (1 janeiro 2012).

Reis, G. A. & Serra, J. P. (2022). Onde Tem Tiroteio: informação colaborativa e fluxo distributivo de imagens da violência urbana no Brasil. Revista Interin, v. 27 n. 1 (2022). https://seer.utp.br/index.php/i/article/view/2743

Rosen, J. (2006). The People Formerly Known as the Audience. http://archive.pressthink.org/2006/06/27/ppl_frmr.html

Sander, T. (2005). Researching the online sex work community. Virtual methods: Issues in social research on the internet, 67-79.

Serra, P. (2006). Web e credibilidade – O caso dos blogs. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. http://bocc.ufp.pt/pag/serra-paulo-web-credibilidade-blogs.pdf

Subin, P. (2018). Between Participation and Autonomy, Journalism Practice, 12:5, 526-542. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/17512786.2017.1331707

Targino, M. G. (2009). Jornalismo cidadão: informa ou deforma? / Brasília: Ibict: UNESCO, 2009.

Archivos adicionales

Publicado

29-12-2023

Número

Sección

Monográfico 154. Los vaivenes del periodismo en ecosistemas digitales