O telejornalismo e o reconhecimento dos povos indígenas do Brasil como sujeitos comunicacionais
DOI:
https://doi.org/10.16921/chasqui.v1i152.4819Palabras clave:
Televisão, decolonialidade, jornalismo, indígenas.Resumen
A proposta deste texto é refletir sobre como a comunicação hegemônica, em especial o telejornalismo, tem se relacionado com a temática indígena no Brasil e imaginar possibilidades de decolonizar as representações midiáticas dos povos indígenas a partir da superação da visão eurocêntrica. Em especial, nos interessa pensar na abordagem jornalística e a necessária superação do paradigma da tutela para que os indígenas tornem-se sujeitos comunicacionais. Destacamos como fundamental o giro decolonial da autorrepresentação dos povos indígenas para a transformação dessas relações e o maior protagonismo indígena nas produções telejornalísticas.Referencias
Amaral, M.F. (2002). Fontes jornalísticas: o lugar de fala do cidadão. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/8121a0473dfc7d5de75c22a247e5a614.pdf.
Azevedo, C..(2007) Cicatriz de Reportagem: 13 histórias que fizeram um repórter. São Paulo: Editora Papagaio.
Bittencourt, M. P. H. de.(2006) Diálogo parcial – uma análise da cobertura da imprensa para a questão indígena brasileira. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R2180-1.pdf. Acesso em: 14 mar. 2019.
Bourdieu, P. (1997). Sobre televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Brasil. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: 05 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Cabral, N.L.S.C. (2013). Mídia, controle discursivo e liberdade de expressão: o politicamente correto como princípio regulador. Universidade do Minho, Braga. Disponível em: http://lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/article/view/1687.
Costa, G. (2021). Construir um banco de fontes mais plural é o primeiro passo e tem sua importância, mas não é o bastante. Disponível em:
https://enoisconteudo.com.br/nao-e-dificil-construir-um-banco-de-fontes-indigenas-mas-e-preciso-ir-alem/.
Cunha, M.C. (2012). Índios no Brasil: histórias, direitos e cidadania. (1ª ed.) São Paulo: Claro Enigma.
Cusicanqui, S.R. (2010). Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Ciudad Autonoma de Buenos Aires: Tinta Limón.
Gabriel, J. & Rocha, M. (2022, abril 20.) Assassinato de Galdino há 25 anos impulsionou ativismo indígena por terras. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/04/assassinato-do-indio-galdino-ha-25-anos-impulsionou-ativismo-indigena-por-terras.shtml.
Autor. (2022) A representação dos povos originários no audiovisual brasileiro e o momento do giro decolonial. (IN) Aguiar, C A. de; Valle-dávila, I. del & Rodrigues, DP. (Orgs.). Práticas e culturas cinematográficas. Londrina: LEDI, 2022. Disponível em Praticas_e_culturas_cinematograficas_(livro_completo).pdf (eneimagem2021.com)
Gonçalves, J.F. (2014) Quem fala no jornalismo? In: Leal, BS; Antunes, E. & Vaz, PB. (organizadores). Para entender o Jornalismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Graham, L.R. (2011). Citando Mario Juruna: Imaginário linguístico e a transformação da voz indígena na imprensa brasileira. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/mZZdVmwfB5fPYBNfpTFwmJC/?lang=pt.
Grosfoguel, R. (2006) La descolonización de la economía-política y los estudios poscoloniales: transmodernidad, pensamiento fronterizo y colonialidad global. Bogotá: Tábula Rasa, n. 4, 17-48. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/tara/n4/n4a02.pdf.
IBGE (2010). Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo
Ijuim, J.K. (2020). Jornalismo e humanização: heranças eurocêntricas no pensar e no fazer jornalísticos. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/extraprensa/article/view/159921/162829.
Jornal Nacional. (2022). ‘Brasil em Constituição’: Carta Magna reconhece direito dos povos indígenas de viver conforme suas culturas e crenças. Disponível em https://globoplay.globo.com/v/10956315/.
Autor (2022) Autorrepresentação indígena como política de identidades em luta. Mídia e cotidiano. Rio de Janeiro: UFF.
Autor.(2018) O indígena brasileiro na revista Realidade. Disponível em: https://www.portalintercom.org.br/anais/nacional2018/resumos/R13-0144-1
Kopenawa, D. In: Jornal Nacional (2022). ‘Brasil em Constituição’: Carta Magna reconhece direito dos povos indígenas de viver conforme suas culturas e crenças. Disponível em https://globoplay.globo.com/v/10956315/.
Krenak, A. In: Jornal Nacional (2022). ‘Brasil em Constituição’: Carta Magna reconhece direito dos povos indígenas de viver conforme suas culturas e crenças. Disponível em https://globoplay.globo.com/v/10956315/.
Baniwa, G.L. (2006) O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional.
Mignolo, W. (2007). El pensamiento decolonial: desprendimiento y apertura. (in) Castro-Gomez, S..; Grosfoguel, R. (Orgs). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar.
Medina, C. (2011). Entrevista. O diálogo possível. São Paulo: Ática.
Mura, M. (2022, abril 19). In: Santos, E. Índio ou indígena? Entenda a diferença entre os dois termos. G1, São Paulo. Disponível em https://g1.globo.com/educacao/noticia/2022/04/19/indio-ou-indigena-entenda-a-diferenca-entre-os-dois-termos.ghtml.
Munduruku, D. (2019, abril 19). In: Rossi, A. Dia do Índio é data 'folclórica e preconceituosa', diz escritor indígena Daniel Munduruku. BBC News Brasil, São Paulo. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47971962
Neves I.; Carvalho, V.. (2019) A presença indígena na telenovela brasileira: poder, interdição e visibilidade. Intercom, Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. v. 42, n.1, p. 167-182.
Oliveira, J.P. & Freire, C.A.R. (2006). A Presença Indígena na Formação do Brasil. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional.
Portal da Comunicação. (2022). Espaço ocupado por indígenas na mídia brasileira cresceu nos últimos 10 anos. Disponível em: https://portaldacomunicacao.com.br/2022/04/espaco-ocupado-por-indigenas-na-imprensa-brasileira-cresceu-nos-ultimos-10-anos/.
Quijano, A. (2007) Colonialidad del poder y clasificación social. In: Castro-Gómez, S.;
Grosfoguel, R. (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidade epistémica mas allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores.
Rodrigues, P. (2021). In: Martinelli, F. "Nunca pergunte qual é a 'tribo' de um indígena", diz socióloga Fulni-ô. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/colunas/mulherias/2021/05/28/nunca-pergunte-qual-e-a-tribo-de-um-indigena-explica-sociologa-fulni-o.htm.
Sampaio, O.R.A. (2010). Jornalismo indígena e jornalismo indigenista. Orientadora: Rosane da Silva
Borges. 2010. 153 f. TCC (Graduação) – Curso de Jornalismo, Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Schmitz, A. A. (2011). Fontes de notícias: ações estratégias das fontes no jornalismo. Florianópolis: Combook.
Torrico Villanueva, E.C..(2018) La comunicación decolonial, perspectiva in/surgente. Disponível em: ALAIC28-v4.indd (unlp.edu.ar)
Traquina, N. (2005). Teorias do Jornalismo, porque as notícias são como são (2ª ed). Florianópolis: Insular.
Walsh, C. (2007). Introducción. Lo pedagógico y lo decolonial: Entretejiendo caminos. In: WALSH, Catherine (org.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir Tomo I. Quito: Abya Yala, p. 585-590. (Serie Pensamiento Decolonial).
Werá, K. (2017). In: Nunes, Augusto. Roda Viva com Kaká Werá. São Paulo: Fundação Padre Anchieta (TV Cultura). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iwU5KNMf014. Acesso em: 17/10/2022.
Wolf, M. (1999). Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença.
Xakriabá, C. (2021). Papo de Parente: o poder da palavra [podcast]. Globoplay. Disponível em: https://globoplay.globo.com/podcasts/episode/papo-de-parente/b0abed61-1120-4b59-bd9b-566b88b26100/?s=0s.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
- Los autores/as conservarán plenos derechos de autor sobre su obra y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia Reconocimiento-SinObraDerivada de Creative Commons (CC BY-ND), que permite a terceros la redistribución, comercial y no comercial, siempre y cuando la obra no se modifique y se transmita en su totalidad, reconociendo su autoría.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet.