O telejornalismo e o reconhecimento dos povos indígenas do Brasil como sujeitos comunicacionais

Autores/as

  • Mônica PANIS KASEKER Universidade Estadual de Londrina
  • Angela YOSHIKO OTA Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v1i152.4819

Palabras clave:

Televisão, decolonialidade, jornalismo, indígenas.

Resumen

A proposta deste texto é refletir sobre como a comunicação hegemônica, em especial o telejornalismo, tem se relacionado com a temática indígena no Brasil e imaginar possibilidades de decolonizar as representações midiáticas dos povos indígenas a partir da superação da visão eurocêntrica. Em especial, nos interessa pensar na abordagem jornalística e a necessária superação do paradigma da tutela para que os indígenas tornem-se sujeitos comunicacionais. Destacamos como fundamental o giro decolonial da autorrepresentação dos povos indígenas para a transformação dessas relações e o maior protagonismo indígena nas produções telejornalísticas.

Biografía del autor/a

  • Mônica PANIS KASEKER, Universidade Estadual de Londrina
    Doutora em Sociologia (UFPR/UAM-Xochimilco), jornalista, professora do curso de Jornalismo e do Mestrado em Comunicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
  • Angela YOSHIKO OTA, Universidade Estadual de Londrina
    Jornalista e mestranda em Comunicação pela Universidade Estadual de Londrina

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Publicado

30-04-2023

Número

Sección

Monográfico 152. Agendas y prácticas de la decolonialidad comunicacional