Por uma comunicação contra-hegemônica: uma proposição desde Paulo Freire, César Bolaño e Álvaro Vieira Pinto

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i150.4718

Palabras clave:

Economia Política da Comunicação, Plataformas digitais, Comunicação, Tecnologia, Forma social

Resumen

O cenário de concentração econômica e de poder em torno das plataformas digitais e sua relação com a crise sistêmica do capitalismo demandam uma análise crítica da forma e do conteúdo da comunicação. A fim de contribuir com tal discussão, o texto analisa as contribuições de Paulo Freire, Álvaro Vieira Pinto e César Bolaño, combinando a crítica cultural, a filosofia da tecnologia e a Economia Política da Comunicação. A ênfase de cada um dos autores recai, especificamente, sobre cultura, tecnologia e comunicação, questões centrais para uma compreensão dialética do problema da comunicação hoje. Advogamos uma práxis que combine usos e visão estratégica com base na crítica à mercantilização e na defesa de uma comunicação contra-hegemônica, orientada por uma perspectiva pública.

Biografía del autor/a

  • Helena MARTINS, Universidade Federal do Ceará
    Professora da Universidade Federal do Ceará. Doutora em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB, 2018), com período sanduíche no Instituto Superior de Economia e Gestão (Iseg) da Universidade de Lisbo Pesquisadora do GT Economía política de la información, la comunicación y la cultura da Clacso. Integrante do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social. Associada à ULEPICC Brasil (União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura). Foi titular do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) na primeira gestão do órgão (2014-2016) e jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (2012-2018). 
  • Marina POLO, Universidade do Minho
    Doutora em Estudos de Comunicação: Tecnologia, Cultura e Sociedade pela Universidade do Minho. Integra o grupo de investigação Comunicação, Organizações e Dinâmicas Sociais do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho e o Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura (POLObs).  

Referencias

Arizmendi, L. (2012). La Crítica de la Economía Política ante la Crisis Contemporánea y su Vigencia en el siglo XXI. In: Foro de diagnóstico para reforma curricular de la licenciatura escolarizada, 1., Ciudad de México. Ponencias. Ciudad de México: Facultad de Economía, 2012. p. 1-18. Disponível em: http://132.248.45.5/foro2012/ponencias/LUIS%20ARIZMENDI.pdf. Acesso em: 11 ago. 2021.

Bastos, M. D. (2020). Indústria Cultural e capitalismo tardio: Origens da Economia Política da Comunicação no Brasil em Mercado Brasileiro de Televisão. Chasqui, n. 142, dez/2019-mar/2020, pp. 187-202. Disponível em: https:// revistachasqui.org/index.php/chasqui/article/view/4121/3212.

Berger, C. (1999). Crítica, perplexa, de intervenção e de denúncia: a pesquisa já foi assim na América Latina. Intexto: Revista do Mestrado da Comunicação UFRGS. Vol. 2, n.6, jul./dez, p. 1-15. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/3386. Acesso em: 11 ago. 2021.

Bolaño, C. R. S. (2000). Indústria Cultura, Informação e Capitalismo. São Paulo: HUCITEC.

Bolaño, C. R. S. (2002). Trabalho Intelectual, Informação e Capitalismo. A re-configuração do fator subjetivo na atual reestruturação produtiva. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, v. 15, n. 11, p. 53-78, dez.

Bolaño, C.; Vieira, E. (2014). Economía política da internet e os sites de redes socias. Eptic online: revista eletrônica internacional de economia política da informação, da comunicação e da cultura, Vol. 16, Nº. 2, págs. 71-84. Brasil: Eptic.

Canclini, N. G. (1998). Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp.

Cevasco, M. E. (2007). Prefácio. In: Willians, R. Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, p. 09-20.

Dantas, M. (2013). Comunicações, desenvolvimento, democracia: desafios brasileiros no cenário da mundialização mediática. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Feenberg, A. (2002). Transforming Technology: a critical theory revisited. New York: Oxford.

Feenberg, A. (2005). Critical theory of technology: an overview. Tailoring Biotechnologies, v. I, n. I, Winter, p. 47-64.

Figueiredo, C.; Bolaño, C. R. S. (2017). Social media and algorithms: configurations of the lifeworld colonization by new media. International Review of Information Ethics, 26, 12.

Freire, P. (1967). Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P; Guimarães, S. (1984). Sobre educação. Vol. 2. Rio: Paz e Terra.

Freire, P. (1984). A máquina está a serviço de quem? Revista BITS. Retirado de http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/handle/7891/24. Acesso em: 07 maio. 2022.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e. Terra.

Freire, P. (2001). A Educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora.

Freire, P. (2013). Extensão ou comunicação? Tradução Rosiska Darcy de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Garnham, N. (1979). Contribution to a Political Economy of Mass-Communication. Media, Culture and Society, London, v.1, p. 123-146.

Gillespie, T. (2018). All Platforms Moderate. In Custodians of the Internet: Platforms, Content Moderation, and the Hidden Decisions That Shape Social Media (pp. 1-23). New Haven: Yale University Press.

Gramsci, A. (2002). Cadernos do Cárcere. Vol. 3. Maquiavel, notas sobre o Estado e a política. Trad. Carlos Nelson Coutinho. 3ª ed. RJ: Civilização Brasileira.

Lima, V. A. (2004). Mídia, Teoria e Política. 2. ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.

Lima, V. A. (2011). Comunicação e cultura: as ideias de Paulo Freire. 2a ed. rev. Brasília: Editora Universidade de Brasilia; Fundação Perseu Abramo.

Lopes, R. (2008). Informação, conhecimento e valor. São Paulo: Radical Livros.

Lowy, M. (2011). “A contrapelo”. A concepção dialética da cultura nas teses de Walter Benjamin (1940). Lutas Sociais, São Paulo, n.25/26, p.20-28.

Marcuse, H. (1973). A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar.

Mattelart, A; Neveu, E. (2004). Introdução aos estudos culturais. São Paulo: Parábola.

Pasquale, F. (2015). The black box society : the secret algorithms that control money and information. Cambridge, Massachusetts; London, England :Harvard University Press.

Scholz, T. (2016). Platform cooperativism. Challenging the corporate sharing economy. New York, NY: Rosa Luxemburg Foundation.

Srnicek, N. (2017). Platform capitalism. Cambridge: Polity Press.

Valente, J. (2019). Tecnologia, informação e poder: das plataformas online aos monopólios digitais. 399 f., il. Tese (Doutorado em Sociologia)—Universidade de Brasília, Brasília.

Vianna, B. (2017). Comparing Two Community Network Experiences in Brazil. Community Networks: the Internet by the People, for the People. FGV Direito. Rio de Janeiro, p. 207.

Vieira Pinto, A. (2005a). O Conceito de Tecnologia. Vol. I. Rio de Janeiro: Contraponto.

Vieira Pinto, A. (2005b). O Conceito de Tecnologia. Vol. II. Rio de Janeiro: Contraponto.

Williams, R. (1962). The Existing Alternatives in Communications. Socialism in the sixties. Ed. 337. London, Fabian Society.

Williams, R. (1979). Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar.

Williams, R. (2011). Cultura e materialismo. Trad. André Glaser. São Paulo: Editora Unesp.

Williams, R. (2016). Televisão: tecnologia e forma cultural. São Paulo: Boitempo.

Publicado

22-08-2022

Número

Sección

Monográfico. Convocatoria 150: Diálogos críticos y perspectivas actuales de investigación y pensamiento sobre comunicaci