Dissonância crítica e solidária: a contribuição das mídias populares ao processo de mudança social

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i140.3874

Palabras clave:

comunicação popular, mudança social, cultura digital, esfera pública, Brasil

Resumen

O presente artigo apresenta e discute o conceito de dissonância em relação às práticas de mídias populares no Brasil, no contexto de ruptura digital. A dissonância é concebida como um primeiro passo para a mudança social, no sentido de constituir um elemento de rompimento de consistência, isto é, de significados dominantes. A partir de entrevistas com 55 comunicadores em 29 iniciativas de mídia popular, o conceito se tipifica em duas categorias, a de dissonância crítica, relacionada com a pluralidade de argumentos, e a de dissonância solidária, associada à criação de dinâmicas de coexistência e valorização da diversidade de saberes.

Biografía del autor/a

  • Ana Cristina Suzina, Université catholique de Louvain
    Ana Cristina Suzina es doctora en Ciencias Políticas y Sociales y estudia la participación en la democracia brasileña a través de iniciativas de medios populares. Actualmente forma parte de los grupos de investigación SMAG - Movimientos sociales en la era global - en la Universidad Católica de Lovaina (Bélgica) y COMUNI - Núcleo de Estudios de Comunicación Comunitaria y Mídia Local - en la Universidad Anhembi Morumbi (Brasil).

Referencias

Dean, J. (2005). Capitalismo Comunicativo: Circulação e o encerramento da política. Culture Politics, 1 (1), 51-74.

Downing, J. D. (2001). Radical Media: Rebellious communication and social movements. Thousand Oaks, California: Sage Publications.

Downing, J. D. (2016). Personal reflections on 50 years of radical media. Journal of Alternative and Community Media, 1, 7-9.Festinger, L. (1962, outubro). Dissonância cognitiva. Scientifican American, 207 (4), 93-106.

Fornet-Betancourt, R. (2001). La philosophie interculturelle. Penser autrement le monde. Bilbao: Editorial Desclée de Brouwer.

Habermas, J. (2006). Comunicação política na sociedade de mídia: a democracia ainda desfruta de uma dimensão epistêmica? O impacto da teoria normativa na pesquisa empírica. Teoria da Comunicação, 16 , 411-426.

Hall, S. (2013). O trabalho de representação. Em S. Hall, J. Evans e S. Nixon, Representation (2a ed., Pp. 1-59). Londres, Reino Unido: Sage.

Krotz, F., & Hepp, A. (2011). Uma concretização da midiatização: como funciona a midiatização e por que os "mundos midiatizados" são um conceito útil para a pesquisa empírica de midiatização. Empédocles: Revista Européia para a Filosofia da Comunicação, 3 (2), 137-152.

Miguel, LF (2014). Democracia e Representação. Territórios em Disputa. São Paulo: Editora Unesp.

Nardi, BA, & O'Day, VL (2000). Ecologias da Informação. Usando a tecnologia com o coração. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press.

Ó Siochrú, S. (2016). Da teoria à prática: o direito de se comunicar. Desenvolvimento de Mídia, LXIII (1), pp. 6-9.

O'Neill, O. (2009). Ética para comunicação? Revista Europeia de Filosofia, 17 (2), 167-180.

Peruzzo, CM (1998). Comunicação nos Movimentos Populares. Petrópolis: Vozes.

Peruzzo, CM (2008). Conceitos de comunicação popular, alternativa e comuna revisitados. Reelaborações no setor. Palabra Clave, 11 (2).

Peruzzo, CM (2016). La comunicación en los movimientos sociais y el derecho a la comunación: Señales de un derecho de ciudadanía de quinta generación. Commons, 5 (2), 8-36.

Pleyers, G. (2010). Alter-globalização. Tornando-se Atores na Era Global. Cambridge: Polity Press.

Poché, F. (2001). Prefácio. Em Fornet-Betancourt, La philosophie interculturelle. Penser autrement le monde (pp. 5-17). Bilbao: Editorial Desclée de Brower.

Rodriguez, C. (2001). Fissures in the mediascape. An international study of citizen's media. USA: Hampton Press.

Rodríguez, C., Ferron, B. e Shamas, K. (2014). Quatro desafios no campo da pesquisa de mídia alternativa, radical e cidadã. Mídia, Cultura e Sociedade , 1-17.

Sousa Santos, B. d. (2007). Além do pensamento abissal: das linhas globais às ecologias dos saberes. Revise .

Tacchi, J. (2014). Ser significativamente móvel: telefones celulares e. Em J. (Servaes, Determinismo Tecnológico e Social (pp. 105-124). Lanham, MD: Lexington Books.

Vasiljević, J. (2016). As possibilidades e restrições de se envolver a solidariedade na cidadania. FILOZOFIJA I DRUŠTVO, XXVII (2), 373-386.

Waisbord, S. (2008). Preenchendo a divisão entre a imprensa e a sociedade cívica. Advocacia Cívica da Mídia como “Movimento de Mídia” na América Latina. Plenário II. Painel Internacional de Divisões Globais (pp. 105-116). Estocolmo: Nordicom Review.

Young, IM (2000). Inclusão e Democracia. Nova York: Oxford University Press.

Publicado

31-07-2019

Número

Sección

Monográfico. Convocatoria N°140 (abril 2019 – Comunicación y medios comunitarios)