Rádios comunitárias no Brasil: entre a clandestinidade e a relevância social

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i140.3868

Palabras clave:

rádios comunitárias, rádios ilegais, relevância social, estudo de caso

Resumen

As primeiras rádios comunitárias surgiram no Brasil na década de 1980 como uma vertente de diversos movimentos de transmissões radiofônicas ilegais que aconteceram a partir dos anos 1970 sob inspiração das chamadas rádios piratas europeias. Embora já inseridas na legislação específica para os serviços de radiodifusão, ainda existem muitas rádios funcionando ilegalmente no país. Este trabalho verifica o panorama atual do rádio comunitário no Brasil evidenciando seu surgimento clandestino e buscando suas especificidades através do estudo de caso de uma rádio com características de emissora comunitária que funciona clandestinamente há quase duas décadas no interior do país.

Biografía del autor/a

  • Eliene Santos, Universidade Federal de Ouro Preto
    Eliene Santos, 25 anos, marianense.Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto em 2016. Atualmente trabalho como assessora de imprensa na Prefeitura de Mariana. 
  • Nair Prata, Universidade Federal de Ouro Preto
    Jornalista (UFMG), mestre em Comunicação (Universidade São Marcos) e doutora em Linguística Aplicada (UFMG), tendo realizado estágio de pós-doutoramento em Comunicação na Universidad de Navarra (Espanha). Trabalhou durante 18 anos em emissoras de rádio, principalmente a Rádio Itatiaia. É professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). No mestrado ganhou o Prêmio Intercom 2001 de Melhor Dissertação de Mestrado do Ano - Categoria Rádio e TV, com o trabalho "A fidelidade do ouvinte de rádio: um estudo dos principais fatores determinantes da audiência fiel". No doutorado realizou estágio na Universidade do Minho, em Portugal, com bolsa de estudos da Capes e desenvolveu tese sobre o tema "Webradio: novos gêneros, novas formas de interação. Ganhou o 3º lugar nacional no Prêmio Freitas Nobre de Doutorado 2008, concedido pela Intercom. É diretora científica da Intercom e vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar). Coordenou o Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom por dois mandatos (2011-2014) e foi diretora Regional Sudeste da Intercom (2014-2017). É sócia da Intercom (Grupo de Pesquisa em Rádio e Mídia Sonora), da SBPJor (Sociedade Brasileira dos Pesquisadores em Jornalismo) e da Red Internacional de Historiógrafos de la Comunicación . Tem 12 livros publicados, além de vários artigos sobre rádio, radiojornalismo e novas tecnologias em rádio. É vencedora do Prêmio Luiz Beltrão 2013, categoria Liderança Emergente.
  • Rafael Medeiros, Universidade Federal de Ouro Preto
    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Atualmente é Programador de Rádio e Televisão na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Membro do Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor) e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor).

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Publicado

31-07-2019

Número

Sección

Monográfico. Convocatoria N°140 (abril 2019 – Comunicación y medios comunitarios)